Após o "erro" da liderança a dois, o desafio da sobrevivência

Militantes do BE desconfiam do posicionamento do partido. Catarina Martins vai estar à prova nas legislativas do próximo ano.
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Longe vai o ano 1999 quando apareceu na esquerda portuguesa um movimento que congregou três forças políticas, a União Democrática Popular (UDP), o Partido Socialista Revolucionário (PSR) e a Política XXI, às quais se juntaram ainda outros movimentos de menor expressão. O Bloco de Esquerda (BE) tinha então como figuras de proa Francisco Louçã, Miguel Portas, Luís Fazenda e Fernando Rosas.

Hoje, e após a IX Convenção, o BE está cada vez mais partido. Louçã deixou a liderança em 2012, afastou-se e contribuiu para a solução de coordenação partilhada entre João Semedo e Catarina Martins. Só a segunda "sobreviveu" aos acontecimentos mais recentes - a disputa interna e a mudança para um coordenação a seis -, com Semedo a "reclamar" para si a continuidade como deputado e um lugar na Mesa Nacional. Pedro Filipe Soares manteve-se como líder da bancada parlamentar.

O BE parece ter ficado órfão e até se admite que não será fácil encontrar alguém com a "genialidade" de Louçã. Quanto à liderança partilhada, há entre as estruturas dirigentes quem diga que "foi um disparate". "Um erro", que até complicou a coordenação e a transmissão da mensagem do BE.

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